“Derrame” é um termo popularmente utilizado para fazer referência às telangiectasias, pequenos vasos dilatados a azul ou vermelho com menos de 1 mm de diâmetro, ou às varizes reticulares, veias subdérmicas azuis com 1 a 3 mm de diâmetro.
Habitualmente, este problema causa uma preocupação estética ou um pequeno desconforto localizado. No entanto, em alguns casos a apresentação de “derrames” pode ser um sinal de doença venosa crónica mais avançada e, por isso, é importante que conheça os sintomas e saiba a quem recorrer para procurar ajuda.
Qual o tratamento para os “derrames” nas pernas?
O diagnóstico deve ser realizado por um médico especialista em cirurgia vascular, que irá indicar e realizar o tipo de tratamento mais adequado para cada caso.
Os tratamentos mais conhecidos são:
Escleroterapia
Este método consiste na administração endovenosa de um agente esclerosante (líquido ou espuma) nas varizes reticulares e nas telangiectasias. Os “derrames” têm uma parede translúcida, sendo visíveis devido ao sangue que flui através deles. O objetivo do tratamento é fazer com que o produto esclerosante provoque a oclusão do vaso em questão e assim este deixe de ser visível. Mais tarde, estes “derrames” ocluídos serão absorvidos pelo próprio organismo.
Tratamento a laser
A terapia laser é uma alternativa válida para o tratamento de “derrames”. Os resultados são idênticos ao método referido anteriormente, contudo poderão ser mais dolorosos.
É necessário ter mais cuidado
Para além destas terapias, é fundamental prevenir fatores de risco.
Sabe-se que em Portugal, cerca de 53% da população adulta tem excesso de peso e 1,5 milhões de portugueses são obesos. Mantenha um estilo de vida ativo e saudável de forma a manter um índice de massa corporal normal.
Se toma contracetivos orais com uma elevada carga de estrogénio e é suscetível ao aparecimento de “derrames” nas pernas, reporte a situação ao seu médico assistente para que sejam discutidas alternativas.
Quais os sintomas dos “derrames” nas pernas?
Os “derrames” são habitualmente assintomáticos, sendo a principal queixa de carácter estético. Contudo, os “derrames” poderão estar associados a alguns sintomas localizados, como por exemplo:
- Dor ligeira;
- Desconforto;
- Prurido (comichão).
Porque é que se desenvolvem os “derrames” nas pernas?
A origem dos “derrames” é controversa, mas conhecem-se algumas causas, como por exemplo:
- Alterações hormonais, sobretudo durante a gravidez;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Traumas físicos;
- História familiar.
Como prevenir os “derrames” nas pernas?
A evidência científica é muito escassa para podermos responder a esta questão de forma devidamente fundamentada. Contudo, temos algumas dicas que poderão ajudar na prevenção de “derrames”:
- Praticar exercício físico regularmente;
- Manter um peso proporcional à sua altura;
- Evitar ficar muito tempo na mesma posição;
- Usar meias de compressão elástica (quando indicação médica);
- Elevar as pernas ao longo do dia.
Quando é que é aconselhável consultar um médico especialista?
A melhor forma de identificar o que se passa com o seu corpo e qual o método interventivo para resolver o problema é através de uma consulta com um cirurgião vascular.